terça-feira, janeiro 14

da saudade ou da arca que somos...

hoje senti saudades. saudades do que fui e de algumas pessoas que foram comigo. recordo-as frequentemente, mas em silêncio. aconchego-me muitas noites com estas recordações. e surgem as saudades. há dias em que cada coisa que vemos há de ser uma mão invisível que vai à nossa velha arca buscar um momento vivido, instantâneo, que, muitas vezes, por não ser invocado por nada ao alcance dos nossos sentidos, até àquele momento, perdeu-se dentro de nós. a nossa felicidade há de ser prisioneira eterna de tudo o que decidirmos guardar. e creio que é nesse exato momento que construímos a palavra saudade. nesse ato de sermos por dentro passado. sempre.