Passeio entre paredes... ou a pele
Hoje dediquei-me a passear, como esse Garrett, hoje esquecido, que dizia que num quarto também se passeava. Ele via uma nesga do Tejo.... eu, entre guindastes e antenas, a coroa de uma qualquer serra galega ou leonesa ou qualquer coisa de intermédio.
Decido-me então a viajar entre Cebolais de Cima e Sarilhos Grandes, montado num burro mirandês preto de alforges verdes. Passo por Cansado, Freixo, Barulho, Pai Torto, Chão de Maçãs, Vale da Pinta e retonho-me Às Dez... depois passeio-me por dentro. Gasto já pelo tempo que passa e pelas memórias de tempos idos. Tudo é passado. O presente é o que escrevo. O futuro, esse hoje é mais incerto, tal como o dia de sol a haver que foi engano.
2 Comments:
Hoje também passeio, não por textos escritos nem por essas terras de horas marcadas… mas pelas minhas memórias, que agendam as recordações mais doces do passado, e sempre presentes, porque me fazem sorrir e alegram a alma. Essas não têm lugar certo, nem hora marcada, estão comigo a toda a hora em e qualquer lugar... por isso recuso a deixá-las no passado… É certo que o futuro é incerto, mas certo é sabermos que o Sol estará todos os dias à nossa espera, desde que o queiramos receber e admirar, e não nos deixarmos cobardemente ficar presos a passear entre paredes … Meu amigo, convido-te para um passeio no parque…
¿Y si mirar al pasado nos hace encontrar caminos para el futuro?
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