quinta-feira, julho 28

ruas na palma da mão

tenho-me feito viajante, nestas ruas que inscrevo na minha palma da mão. hei-de um dia dizer que as conheço assim, de tão bem, como se das minhas mãos se tratasse.

terça-feira, julho 19

d'as noites de teresa klut

ontem, um velho amigo apresentou-me uma mulher sem tempo, que tecia um manto de fragilidades, escrevia ela. perguntava-me sobre o que me diziam as suas mãos e contava-me de como o tempo se esquecera dela e, assim, virara penélope sem ulisses. ela era aquilo, e não lhe cabiam na boca mais palavras que a noite.

domingo, julho 17

filhos do mundo

sou desses... desses que se apaixonam por terras estranhas e que as entranham... desses que, órfãos nos quilómetros e nas horas, viram filhos de outros lugares e ganham, assim, mais irmãos... desses que, aversos a solidões, reencontram amigos e fortalecem velhos laços... desses que, com tanto, viram tão pouco e aprenderam a ser ainda mais felizes... sou desses, sou desses filhos do mundo.