quinta-feira, junho 30

dice Darío... a un poeta

É sempre mais fácil encontrar nas palavras de um grande poeta o reflexo das nossas ideias.
Neste momento, sinto a necessidade de louvar um poeta, pela sua obra (ou parte), à qual acedi tardiamente, confesso. O seu nome já me soava nos ouvidos quando estudava em Braga e era frequentador de algumas tertúlias que se proporcionavam graças à feira do livro. Falo, claro, do valter hugo mãe... não, não é um erro, o seu nome exige que seja escrito em letra minúscula.
Por tudo isto... e há muito de indizível, resolvi dedicar-lhe um poema de um Rúben Darío, poeta nicaraguense, que aprecio particularmente.

A UN POETA

Nada más triste que un titán que llora,
hombre-montaña encadenado a un lirio,
que gime, fuerte, que pujante, implora:
víctima propria en su fatal martirio.

Hércules loco que a los pies de Onfalia
la clava deja y el luchar rehúsa,
héroe que calza femenil sandalia,
vate que olvida a la vibrante musa.

!Quién desquijara los robustos leones,
hilando esclavo con la débil rueca;
sin labor, sin empuje, sin acciones:
puños de hierro y ápera muñeca!

No es tal poeta para hollar alfombras
por donde triunfan femeniles danzas:
que vibre rayos para herir las sombras,
que escriba versos que parezcan lanzas.

relampaguenado la soberbia estrofa,
su surco deje de esplendente lumbre,
y el pantano de escándalo y de mofa
que no le vea el águila en su cumbre.

Bravo soldado con su casco de oro
lance el dardo que quema y que desgarra,
que embista rudo como embiste el toro,
que clave firme, como león, la garra.

Cante valiente y al cantar trabaje;
que ofrezca robles si se juzga monte;
que su idea, en el mal, rompa y desgaje
como en la selva virgen el bisonte.

Que lo diga la inspirada boca
suene en el pueblo con palabra extraña;
ruido de oleaje al azotar la roca,
voz de caverna y soplo de montaña.

Deje Sansón de Dálila el regazo:
Dálila engaña y corta los cabellos.
No pierda el fuerte el rayo de su brazo
por ser esclavo de unos ojos bellos.


in Azul

quarta-feira, junho 29

o vento vinha do norte

O vento vinha do norte, não era só a copa das árvores, mas também as folhas, a água, o rio que corria mais forte que o anunciavam. Eram janelas que abriam e fechavam, a poeira dos caminhos, as pedras, e era a noite que chegava, e as estrelas cravadas no céu onde só as nuvens se moviam.


Una canción de amor...


Hay días que me levanto y,
aún salga el sol, mis ojos
solo ven la oscuridad.
Otros hay que puede llover,
levantarse el más fuerte viento
o tempestad y solo con
verte
hay una luz que renace

para tí

domingo, junho 26

corpos talhados


Nunca soube ao certo por que razão quis fotografar estas duas personagens, talvez por sentir que algo original nutria aqueles corpos talhados pelo tempo e já gastos pelo frio cortante e pelo calor tórrido daquela montanha. Era estranha a sensação, chegou a ser desconfortante, olhá-los nos olhos e àquele sorriso quando lhes pedi para tirar a fotografia... acho que nunca vou saber o que os alimentava, mas vou confortar-me ao pensar naquela felicidade alheia tão sem nada e com tudo...

quinta-feira, junho 16


Entre as ruínas alevantam-se os espíritos...

sexta-feira, junho 10

a sombra do vento

...refresca-se-me a memória com a sombra do vento, onde os livros são a alma do homem e a sua existência mais não é que uma reprodução de qualquer história que em algum lugar um qualquer escritor reinventou... nada é original!
E ficamos a pensar onde está a fronteira, sempre tão ténue... entre a realidade e a ficção.

terça-feira, junho 7

Holopoesia

Não preciso o papel
cada uma das letras que
escrevo têm agora o
seu tempo e o seu espaço.
Um lugar tridimensional.

sexta-feira, junho 3

espectros